domingo, 21 de outubro de 2012

Obscenidades

Já não é a primeira vez que o ministro Álvaro Santos Pereira,  incapaz de delinear uma política de crescimento para a economia e ineficaz a enfrentar o aumento galopante do desemprego (áreas que tutela) disfarça, nas suas intervenções na Assembleia da República,  a sua própria incapacidade com ataques indecorosos à política do Governo anterior. No entanto, a sua última intervenção, no passado dia 18, o "Álvaro" ultrapassou todos os limites anteriores para atingir as raias da obscenidade. O homem supõe, certamente, que a maioria da população ainda não se apercebeu, ao fim de 16 meses de exercício do poder, que a política deste governo redundou num fiasco total e que os sacrifícios que agora são pedidos são fruto duma execução orçamental completamente falhada - a deste ano.
Se tivesse olhos e ouvidos já teria dado conta das manifestações que enchem as ruas e praças deste país contra a política do governo a que pertence e também já se teria apercebido que a sua conversa, repetida usque ad nauseam, já enoja. Porventura, até a alguns fiéis. 
Se quem tem a responsabilidade de dirigir este governo tivesse a noção da inutilidade que é o ministro Álvaro e algum sentido do que é a decência em política, já há muito teria reenviado o Álvaro para as terras donde ele veio.
Por muito menos, já noutras alturas, ministros com muito superior gabarito, foram à vida, mas esperar que um  "impreparado" primeiro-ministro, para mais, amigo de Relvas, se sinta na obrigação de penalizar quem profere obscenidades e se revela uma nulidade, já é, manifestamente, pedir muito.
De certa forma, até acho bem. Quando cair um, que caiam todos! Haverá no actual governo algum ministro,  que se aproveite? A começar pelo dito primeiro-ministro?

2 comentários:

Evaristo Ferreira disse...

Caro Francisco,
Já começo a pensar como aqueles que apregoam: "Que se lixe a Troika, o que queremos é a nossa vida". Cada vez se torna mais claro que, para resolver a crise, o melhor é demitir este Governo e renegociar o prazo da dívida, pois esta gente está a conduzirnos para o abismo... Vai ser muito pior, quando em 2013, tivermos que levar mais cortes. O barco vai afundar-se, e não vejo como vamos poder sobreviver.
Um abraço.

Anónimo disse...

Está a querer justificar a permanência no lugar depois da remodelação. E não me admiro se conseguir...